quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Médicos lançam campanha de conscientização sobre osteoporose


A osteoporose atinge cerca de 15 milhões de pessoas no Brasil. Calcula-se que, após a menopausa, uma em cada três mulheres desenvolve a doença. Entre os homens, a frequência é menor (quase 10% após os 65 anos de idade), mas não é desprezível. Nove em cada 10 mulheres não consomem a quantidade recomendada (mil miligramas por dia) de cálcio, um dos maiores aliados na prevenção do problema.

É com esses números preocupantes na cabeça que três sociedades médicas lançaram, nesta terça-feira (3), uma campanha de conscientização a respeito da osteoporose, doença ainda desconhecida por muitos brasileiros.

A osteoporose se caracteriza pela perda da densidade do osso. Ela é uma doença multifatorial, ou seja, não tem causa única, mas é provocada e/ou agravada por uma combinação de motivos: idade avançada, baixa ingestão de cálcio, falta de exposição à luz solar, sedentarismo, fumo, consumo excessivo de álcool e café e a menopausa, no caso das mulheres, por conta da diminuição da produção do hormônio estrogênio.

Atividade física é importante na prevenção e tratamento da osteoporose

As consequências dessa perda de massa óssea variam desde cifose (deformidade da coluna) e dores até o favorecimento das fraturas, que, por sua vez, estão associadas a um aumento na mortalidade. Estatísticas mostram que 10% a 20% dos pacientes tornaram-se incapacitados após uma fratura de quadril, enquanto que 20% a 35% deles morrem em decorrência de complicações.

Se a doença é multifatorial, o diagnóstico também é. A principal arma na detecção da osteoporose é a densitometria óssea, exame que analisa a densidade dos ossos. Mas os fatores de risco citados acima também devem ser levados em consideração. Por exemplo, se um exame de densidade óssea apontar que o paciente tem uma osteopenia (um estágio de descalcificação do osso pré-osteoporose), mas essa pessoa sofreu uma fratura, o médico pode considerar que ela já tem osteoporose e começar um tratamento.
O tratamento pode ser com remédios, no caso de uma osteoporose já instalada, ou não medicamentoso, quando o paciente apresenta fatores de risco, mas ainda não tem a doença desenvolvida. Para contornar o problema, geralmente são indicados a prática de atividade física (incluindo exercícios de resistência, como musculação, sempre com a supervisão de um professor), uma dieta rica em cálcio e vitamina D e banhos de sol. "Dependendo do caso é possível restaurar a massa óssea perdida”, afirma o ginecologista Bruno Muzzi, presidente da Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea.

Para não chegar nesse ponto, é preciso fazer a prevenção desde a infância. Além da atividade física e banhos de sol (o recomendado são 15 minutos de sol, sem protetor, antes das 10h ou depois das 14h), é importante prestar atenção à alimentação. “O recomendado é ingerir de quatro a cinco porções de leite ou derivados por dia”, afirma Marcelo Pinheiro, reumatologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Uma porção equivale a um copo de leite ou iogurte ou uma fatia de queijo.    
  
O mais importante, porém, é mudar a crença de que a doença é inevitável e irreversível. “As pessoas ainda acham que a osteoporose é um preço que se paga pelo envelhecimento, mas há muito tempo isso não é mais assim”, diz o ortopedista Sergio Eis.

A campanha Seja Firme e Forte é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens), em parceria com a Sociedade Brasileira de Osteoporose (Sobrao) e a Sociedade Brasileira para o Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral (Sobemom).
Fonte:
http://br.mulher.yahoo.com

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