sábado, 6 de agosto de 2011

Príncipe encantado: porque as mulheres insistem na busca por um homem que pode não existir?

Por Mayra Stachuk
 Divulgação
Jennifer Aniston em cena de seu novo filme, uma comédia romântica na qual vive uma mulher à procura do homem certo
Por que será que tantas mulheres ainda insistem em encontrar o cara ideal? Faço essa pergunta porque percebo muitas de minhas amigas, já na faixa dos 30 anos, bonitas e bem sucedidas, entrarem em roubadas e mais roubadas atrás de um homem que idealizaram e acabam fechando a porta para pessoas bacanas só porque elas não preenchem todos os requisitos de príncipe encantado. Requisitos esses que, no fim, são atributos perecíveis, como beleza e status (leia dinheiro, colocação profissional, poder). Que fique claro que não acho que as mulheres devem aceitar qualquer um para não ficar sozinhas. Bem longe disso. Só acho que chega uma hora em que é preciso abrir mão de algumas exigências em nome de outras coisas tão importantes quanto ou até mais, como caráter, personalidade e até gostos em comum. É como já dizia a minha avó, a beleza vai embora as afinidades ficam.

Uma história parecida com essa acabou de estrear nos cinemas, a comédia romântica O Amor Pede Passagem. O filme traz Jennifer Aniston como uma mulher bem sucedida na carreira que deseja ter uma família, mas não consegue encontrar o cara ideal (curiosamente algo bem parecido com a situação de Jennifer na realidade). Numa de suas viagens de negócios, ela conhece um cara que não preenche nem de longe os requisitos do príncipe encantado que ela espera – é um gerente de um motel de beira de estrada (tá certo, no cinema é tudo exagerado), sem graça fisicamente, meio nerd – mas que a trata como nenhum outro havia feito até então: respeitoso, meigo, atencioso, enfim, da forma como todas nós gostamos de ser tratadas.

O final feliz é previsível, claro, afinal, é uma comédia romântica. Mas de repente pode ser uma inspiração para quem anda perdendo muito tempo atrás de um homem ideal – ou seja, idealizado, já que não existe ninguém perfeito – e pode estar deixando de perceber alguém especial à sua volta. Quem sabe rola um “e foram felizes para sempre” na vida real também?
Fonte:
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista

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