terça-feira, 26 de julho de 2011

Como fugir de um canalha, como escapar dos “Leonardos” da vida real?

Moças, tenho um amigo que é boleteiro. Numa empresa, você sabe?, o boleteiro é um grande sujeito. Se alguém faz serão, ultrapassa as 18h, precisando de uma carona, ao boleteiro acorre a súplica por um taxi e um boleto amigo.
O meu amigo boleteiro é também um grande noveleiro. Tem todas as tramas na ponta da memória. Por exemplo: ele sofreu de novo com a reincidente morte da Odete Roitman. Ele é capaz de elencar todas as livrarias do Leblon. Pra esse amigo, nada mais rico do que a beleza de trabalhar numa empresa! Ele diz que só um escritório reúne os ingredientes todos de uma boa trama das 20h. Estão lá, das 9h às 18h, as intrigas, os romances, as despedidas, o rame-rame, as justiças e as injustiças da vida. Estão lá todos os Manecos, todos os Gilbertos Braga!
UM INSENSATO CORAÇÃO


Dia desses, esbarrei o boleteiro chutando pedregulhos na rua. Perguntei como ele ia, e ele ia mal. Ia muito mal. Ele me perguntou, então, se eu tinha olhos nesse Leonardo, de “Insensato Coração. Não tinha. Agora tenho. O vil rapaz que fez gato, sapato e presidiária da Gloria Pires. E a Gloria Pires, que deu a volta por baixo da grade da cadeia, e faz agora de sapato o gato (é, tou sabendo que o Leonardo é muso de vocês!).

O meu amigo dos vales-transporte disse-me, pois, que conhece um Leonardo de carne, osso e crachá. Sussurou-me inconfidências mineiríssimas de sua empresa. Contou-me que não foi uma, não foram duas, foram infindas as vezes em que esse canalha corporativo distribuiu traições torrenciais, passou golpes afetivos, disparou promessas de amor verdadeiro. Mas o que mais coei da conversa foi a única certeza do boleteiro: ele acha que vocês, mulheres, adoram cair na conversa dum canalha!

Ah, meninas, a tormenta do boleteiro é a minha e a sua tormenta…
PEDRO BÓ x MARIA JÓ
Seriam mesmo algumas mulheres taradas por um canalha? Seriam vítimas ou um pouco culpadas? Enfim, como escapar de um traste? Moças, eu já disse antes, já disse inclusive aqui, ó, mas volto a batucar: o canalha só existe alimentado pelo leitinho da sua inocência. E muito homem adora esse mamar! Palavra!
O que fazer? Acredite no seu feeling: tá sentindo o queimado, a fumaça, o sinal de coisa errada, coisa errada tem! Utilize essa desconfiança pra tomar coragem, pra fazer algo de diferente. Parece fácil, não fosse difícil.
O problema é que tem muita moça com vocação para a infinita insistência de Jó. São as Marias Jó. São elas que cevam a gorda folgança dos Pedros Bó. Quer exemplo, dou exemplo. Olhem aqui dois grandes indícios de um cara que te engana:

1)  Homem que não diz que te ama, não te ama. Homem que não abre o jogo do que quer, e, quando ele quer, quando te procura, é só em momento de calor sob o zíper, esse homem é um risco, é uma furada. Toma um fôlego, e sai correndo. Sem arrependimento. Sem muita reflexão. O grande amigo do pilantra é o grilo que aconselha à mulher “calma, mas e se ele só estiver confuso, se for fase, e se isso, e se aquilo”… “E se” nada! Corre! Mendigar amor é esfarelar amor.
2) Cara muito cheio de doçura, muito cheio de papo, homem que promete demais, que reserva ao futuro, a um futuro que nunca chega, a felicidade do casal, esse é outro Leonardo. Não esqueça: o bom sacana tem a fala mansa, o quadril movediço e sebo na canela. Ele sabe seduzir, escutar e escapulir.
Amor de verdade é mais simples. Se você sente que deposita toda a sua energia e muito dinheiro num relacionamento (dinheiro é um perigo!), se tem na alma um nó grande e se identifica com muitas das coisas escritas aqui, você já tem a sua resposta e já tem um canalha e um Leonardo pra chamar de seu…
fonte:
http://colunas.marieclaire.globo.com/falecomele

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