sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tingir os cabelos durante a gravidez ainda é tema polêmico; veja a opinião dos especialistas

ISABELA LEAL
Colaboração para o UOL

  • Grávidas enfrentam o dilema da coloração: é preciso ter o aval dos médicos para manter a cor dos cabelos em dia durante a gestação Grávidas enfrentam o dilema da coloração: é preciso ter o aval dos médicos para manter a cor dos cabelos em dia durante a gestação
Tingir os cabelos na gravidez é sempre um assunto polêmico. De fato, é uma questão que divide a opinião dos especialistas. De um lado, os médicos que confiam nas fórmulas modernas, consideradas mais seguras, e defendem a teoria de que não há nada que comprove os riscos relacionados à tintura. De outro, os profissionais que preferem prevenir do que remediar, literalmente, por isso são contra esse nível de vaidade. Mas nesse fogo cruzado, as duas vertentes concordam em um ponto: não se deve fazer uso de qualquer produto químico nos três primeiros meses de gestação, nem mesmo os considerados menos agressivos, como tonalizantes e henna. Passado esse período – que requer 100% de cautela e de distância das caixinhas de tinturas – a partir do quarto mês cada gestante deve seguir a orientação de seu ginecologista.
“A maioria das tinturas não causa nenhum mal. Produtos sintéticos, sem efeitos colaterais, são usados para dar o mesmo efeito que se tinha antes, usando metais pesados e amônia. Mas é melhor evitar antes do primeiro trimestre de gestação”, diz o dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, Valcinir Bedin. Concorda com o colega, o ginecologista e obstetra Luiz Roberto Zitron, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. “Não há mais riscos, principalmente se for de marca conhecida, porém é bom evitar até o terceiro mês de gravidez, quando ocorre a formação do bebê e 20% dos abortamentos, fato que poderia relacionar o problema com a coloração”, acredita o médico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) comprova a teoria dos especialistas. “Todas as substânciaspassam por um controle.Existe um limite de segurança para as concentrações. Aqui no Brasil esse controle é prévio, antes de comercializar a ANVISA avalia e se tiver concentração acima dos níveis seguros não é dado o registro”, explica a farmacêutica Érica França, especialista em vigilância sanitária. “Mas aANVISA não recomenda o uso de colorações por gestantes porque não se pode prever o nível de absorção das substâncias nocivas pelo organismo, mesmo em doses baixas. Ouvir a orientação do médico é a melhor conduta”, ressalta Érica.
Fonte:
http://estilo.uol.com.br

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