quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ficar com homens (bem) mais novos exige cuidados?

Ah, claro que sim! Cuidados mil! Um milhão de cuidados! Mas até aí, moças, essa vida de viver ao lado de um homem, seja ele o juvenil 20 e poucos, o veterano de 30 e muitos ou o jubilado de 40 e todos, essa vida aí, ah, essa vida é zebra! Essa vida é russa! Essa vida aí, papaizinho… É dura.

Mas fosse ela só dura, fosse ela em riste como um churro, que alegria e que delícia, né mesmo? Cachoeira de prazer, meteoro de paixão. O ponto, meninas, é que a Gertrude não disse, mas eu digo: um homem é um homem é um homem.
Sim, sim! Trazemos nos genes 200 milhões de anos de neuroses e insegurança, todo um manual de problemas a dois. Um homem é equipado pra te decepcionar. A graça, pois, reside em justamente driblar o destino, a programação. Fazer a coisa valer a pena. Donde a idade do homem muda pouca coisa. No máximo, a tintura da confusão.
O JOVEM É O PAI DO VELHO
Tenho mesmo reparado que o coração de muitas mulheres anda em dias de matinê. Vocês estão cansadas, esgotadas, fartas desse novo cara de 35. E diga aí se a leitora não anda esbarrando em sujeitos assim: ensopados numa crise sem fim de machice…
Cadê o homem decidido? Cadê o homem que sabe o que quer, que vai bem na profissão, que tem aquele ciúme conquistador e guerreiro, que gosta de futebol e Faustão? Cadê aquele borracheiro que você adorava odiar? Cadê aquele cheiro de Selsun azul?
Garotas, a gente adora reclamar. Se há uma única coisa em que nós, homens, e vocês, moças, concordamos é nisto: reclamar. De tudo e de todos. Passar o Photoshop mental no passado é coisa nossa. Passar patê de lama no presente e no futuro, também.
Dito isso, vou à resposta: algumas de vocês, balzaquinhas, quase balzacas e pós-balzacas, respiram dias de Bovary, em dias de Karenina. A moral dessa história sendo: já que é pra ficar com um garoto, fico logo com um garoto.
A IDADE DO LOBINHO
Namorar um cara mais jovem vai te trazer toda outra classe de problemas. Quem arrisca um relacionamento em desacordo geracional encarará:
1) EM CASA: certo, tem todo tipo de jovem, mas em geral, garoto é pura energia. É aquele cara que aguenta jogar futebol três vezes por semana. É um homem que está aprendendo que a vida muda sem os supremos e doces serviços da mamãe. É um rapaz que vai exigir de você lições domésticas das mais básicas: lavar, passar, cozinhar.
2) NA CAMA: aí, em tese, é só vantagem. Mas será? Claro, ele vai oferecer um mastro cromadíssimo, sem ferrugens, pura fantasia. Esse mastro, pra dobrar, pra falhar, só a martelada. Portanto, a frequência, em tese (de novo), será maior. Mas tenho minhas dúvidas: não há homem que não se lembre das derrapadas sexuais que cometeu aos vinte e poucos: ritmo errado, muita afobação. A gente cresce e vai, cada vez mais, fixando a graça do sexo em não só jorrar alegria pelo teto e lençol, mas fazer com que você também jorre essa felicidade. Transar com um garotão não é necessariamente melhor: é só diferente. E ah, sim: se o seu cara é um fiasco na cama, se ele não te faz ver o arco íris de prazer, isso aí não é idade, é o cara.

3) DINHEIRO: questão delicada. Tá certo que tem moleque ganhando os tubos, mas desacordo monetário é um perigo. Você querendo aquele jantar a vinho e a carteira do moço só comportando um bolovo com sprite.
4) OS AMIGOS: um muxoxo quase certo entre o casal com RG elástico é na compatibilidade de turmas. Às vezes dá certo, mas em muitas outras, o grupo dele é a pura folia, a pura energia, a pura desatenção, enquanto o seu já deu a curva, quer ficar tranquilo, trocar ideias de coisas que só a idade permite;
5) GOSTOS: gosto se discute à beça quando se é casal. Outro ponto importante: os caras de hoje gostam de coisas que você e eu não fazemos muita noção. Uma geração que nasceu nos anos 90, nasceu com muita informação e pouca dedicação (claro, não são todos!). Mas é comum acontecer isso: passado os primeiros meses de sexo e alegria no parque (ah, e isso acontece também com casais formados por trintões), na hora em que a rotina e a vontade de ele escutar um trance e você, uma bossa, na hora em que isso se encontrar, vai voar louça na cozinha…
6) FIDELIDADE: ponto essencial. Quando uma mulher de 35 encontra um cara de 20, a diferença de fases da vida é muito grande. E perdoe a inconfidência e a obviedade, mas vou soltar as duas: existe o quase inevitável fator “moleque sexual”. Um cara de vinte anos dificilmente vai parar aí. Com 20, 25 anos, o sujeito ainda recebe uma pressão – dele mesmo e da condição de macho – de ainda precisa transar com pelo menos mais umas 300 mulheres (ele não vai transar nem com mais dez, mas acreditará até o fim que vai). Não esqueça que o conceito de nunca mais transar com outra garota é uma sombra pros homens de vinte e poucos… Sombra enorme.
UM ÚLTIMO PEDIDO

Moças, não abandonem os tiozões, os vovôs garotos, os papai moleques. Você logo terá saudade de um RG com a mesma tonalidade do seu. Evidente, os casais com diferença de idade são possíveis. São prováveis. No romance, tudo pode, tudo dá. Mas não pinte os homens com a tinta da geração. Ah, garotas. Certo é o Tolstoi. “Tem razão aquele que é feliz”. Eis a suprema imagem da alegria. Dois velhinhos, sentados no banquinho da praça, as carteiras de identidade à mão, comparando as plastificações roídas pelo tempo e pelas brigas a dois. Sim, pois sim. Amor sem furinho no plástico não é amor!
fonte:
http://colunas.marieclaire.globo.com/falecomele

Um comentário:

  1. Esse preconceito sobre idade é realmente uma opção de vida de cada um,acho que quando estamos felizes ...a idade é o que menos importa,o que voces acham??

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