Fernanda Carpegiani
Ernesto Paglia também nos ajudou nesta reportagem enviando várias dúvidas, mesmo tendo pouco contato com o pé chato, como ele mesmo contou! |
1. Toda criança deve ir ao ortopedista?
Sim, mas até 1 ano de idade é o pediatra que indica. “Os problemas ortopédicos são visíveis e identificados com facilidade. Havendo suspeita, o próprio médico encaminha para o ortopedista”, diz Claudio Santili, membro fundador da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, especialista na área há 30 anos. Quando seu filho começar a andar, é recomendável que ele passe por uma avaliação ortopédica completa. 2. É normal nascer com o pé chato?
Sim. O pé plano, como é conhecido pelos especialistas, é comum em bebês e pode permanecer assim até por volta dos 3 anos, enquanto a musculatura está em desenvolvimento. Antigamente era comum usar bota ortopédica, mas hoje os médicos podem indicar uma palmilha especial quando a criança tem dores ou fica muito cansada ao andar e correr. Ela, que deve ser usada sempre que possível, não corrige o problema, mas evita o desconforto. De qualquer forma, deixe seu filho andar descalço em casa, uma vez que essas atividades de mobilidade ajudam a desenvolver a curvatura natural do pé. Já usar sapatinho para recém-nascidos não faz diferença na formação da curvatura. 3. Quais são os problemas de pé mais comuns?
Além do chato, existe o pé cavo, em que o arco é maior do que o normal. Há também algumas alterações congênitas, como o pé torto, que é virado para dentro, como um taco de golfe, e o metatarso varo, apenas com a ponta virada para dentro, como um parêntese. Se você notar algo diferente, converse com o pediatra. Todos os casos precisam de avaliação e acompanhamento desde cedo, já que o tratamento varia bastante. “Demoramos um ano para andar e esse tempo é ideal para corrigir os pés antes de começar a usá-los”, afirma Henrique Sodré Fialho, ortopedista e professor da Universidade Federal de São Paulo. 4. Quais são os problemas que o uso do andador pode causar?
Não há prova científica que faça mal, mas a Sociedade Brasileira de Pediatra condena o uso. Com o andador, a criança pula uma fase importante, o engatinhar, que a prepara para andar. Além disso, força as articulações, sem contar o risco de queda. O melhor é deixar seu filho dar os primeiros passos no tempo dele.Fonte:
http://revistacrescer.globo.com/
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